Espécies de Brassica oleracea

Classificação Botânica

Brassica oleracea se divide em tipos:

Brassica oleracea var. alboglabra: a couve chinesa Kairan, Gai-lohn.

Brassica oleracea var. botytris: a couve-flor.

Brassica oleracea var. capitata: o repolho, a couve vermelha, a couve de Milão.

Brassica oleracea var. costata.

Brassica oleracea var. cymosa: a couve-brócolis.

Brassica oleracea var. gemmifera: a couve de Bruxelas.

Brassica oleracea var. gongylodes: a couve-rábano.

Brassica oleracea var. medullosa.

Brassica oleracea var. sabauda: a couve de Milan.

Brassica oleracea var. sabellica ( ou var. acephala) : a couve.


 Polinização

A maior parte das variedades da espécie Brassica oleracea são auto-incompatíveis: o pólen de cada planta é viável, mas ele só pode fecundar as flores de uma outra planta.  Os insetos são os vetores das polinizações.  A fim de conservar a pureza das variedades, é aconselhável isolar de um quilômetro duas variedades da espécie Brassica oleracea, qualquer que seja o tipo: couve-flor, couve-vermelha, couve de Bruxelas, etc.

É possível também, praticar um cultivo em gaiola, por alternância. Quando duas variedades da espécie Brassica oleracea são cultivadas em gaiolas cobertas com véu, cada uma das variedades é colocada em polinização aberta (sem as gaiolas), um dia em cada dois, para que os insetos polinizadores possam fecundar livremente as flores.

Entretanto, algumas variedades de couve-flor de verão, são auto-compatíveis. As porta-sementes dessas variedades podem então ficar em permanência sob o véu.

É aconselhável plantar um mínimo de 6 plantas porta-sementes por variedade, uma vintena sendo o ideal, a fim de garantir uma boa diversidade genética.


Produção de sementes

O fruto de Brassica oleracea é uma síliqua sem pêlos.  Cada síliqua contém de 10 a 30 sementes.

A maioria das variedades de couve são bianuais. Entretanto existem variedades muito precoces de couve-brócolis de primavera que podem ser conduzidas como anuais.  Nas regiões de clima muito doce, as couves podem ser semeadas por volta do final do verão e permanecer na terra durante o inverno. 

as regiões com clima rigoroso, é aconselhável arrancar as couves cuidadosamente da terra com a aproximação das fortes geadas e hiberná-las, enterrando as raízes em areia ou em serragem de madeira, úmidas.  O coração das couves também pode ser protegido por papel jornal.

As couves-pomos vão se conservar de dois a quatro meses em uma temperatura de alguns graus abaixo de 0°C e uma umidade relativa de 90-95 %.  Elas são transplantadas na primavera quando a terra é trabalhável e que os riscos de geada passaram.  Nós pudemos notar que essa transferência gera um certo estresse e que muitas plantas não sobrevivem.  Um certo número de outras plantas tem dificuldade a se recuperar e não conseguem resistir aos pulgões da primavera.

Os invernos se seguindo e não se parecendo entre eles, nos parece inteligente ser “audacioso” e deixar uma parte das porta-sementes das variedades de couves na terra durante o inverno.  Nossa experiência de muitos anos de produção de sementes nas terras ingratas de Allier nos permitiu tomar consciência de que numerosas variedades de couve são muito resistentes. Nós vimos couves-pomo, brócolis “Romanesco” e couves-flor violetas resistirem às temperaturas de -15°C nas terras argilosas freqüentemente inundadas de água.

Deve-se cuidar, nesse caso, primeiramente para que as plantas não sejam muito desenvolvidas com a aproximação do inverno e em segundo lugar para que as plantas porta-sementes não partam muito cedo à floração por causa de um esquentamento do inverno.  Uma floração muito precoce é fadada ao prejuízo, na maior parte do tempo, por causa de geadas subseqüentes muito fortes.  Então é aconselhável, nessas condições, cortar as hastes florais a fim de que uma floração realmente fecunda possa emergir por volta do final do inverno ou no início da primavera.

Eis aqui algumas outras informações que tratam da produção de sementes de couve.

As couves crespas, assim como as couves de Bruxelas, podem ficar na terra durante todo o inverno, sendo muito resistentes às baixas temperaturas.

Não é fácil hibernar as plantas de couves-brócolis e couves-flor mais de 4 a 6 semanas.  Alguns jardineiros fazem tanchões de brócolis no outono, que eles guardam em viveiro durante o inverno e replantam na primavera.

Às vezes é indispensável, na primavera, facilitar as emergências de hastes florais de couves-pomos (particularmente as variedades com pomo muito apertado) cortando o cume do pomo com uma faca.  A incisão pode ser em forma de cruz.  Alguns jardineiros consomem o pomo ou a parte central das couves, couves-flor, couves-brócolis, para não deixar que rejeitos subam para as sementes.  É verdade que essa modalidade de produção funciona e que ela é, às vezes, inevitável no caso de um abatimento de inverno de hastes florais muito precoces em relação à estação.

Entretanto, de maneira geral, é considerado que as sementes produzidas assim são de pior qualidade que as sementes produzidas por uma planta de couve que deixamos se desenvolver naturalmente até o processo de floração e frutificação.

As sementes de couve têm uma duração germinativa média de 5 anos.  Elas podem, entretanto, conservar uma faculdade germinativa até 10 anos.

Um grama contém 250 a 350 sementes em função da variedade.


¡OGM: Perigos!

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